O Palacete Santa Helena, de propriedade de Manuel Joaquim de
Albuquerque Lins, ex-presidente do Estado de São Paulo e recebeu esse nome em
homenagem a esposa, Helena de Souza Queiróz, filha do Barão Souza
Queiroz, de tradicional e rica família, de muita influência no Partido Liberal
da Província de São Paulo.
O primeiro projeto do Palacete, que previa um hotel, foi substituído
por escritórios e um cineteatro. que levava o mesmo nome do Palacete, e que ocupava
os três primeiros andares do bloco central, e no subsolo, outra sala de cinema,
o Cinemundi.
Destacava-se pelo luxo da decoração e pela modernidade das
instalações
De arquitetura eclética com influência do art déco, sua
decoração interna era refinada, com mármores e fina decoração. No teto do
teatro, a pintura do artista italiano Adolfo Fonzaris, com um imenso painel na
abóboda do edifício que ficou conhecida como “a História e a Fama do carro de
Apolo. No alto, musas e outras figuras simbólicas, grupo de cupidos e a Glória,
que empunhava uma coroa de louros.
Apesar de ter sido construído pela e para a elite
paulistana, a localização central o transformou no ponto de encontro dos
operários, que vinham dos bairros mais pobres, como o Brás e a Mooca, quando a
Praça da Sé acabou sendo aproveitada como terminal de ônibus.
Ao lado dos finos salões, cafés, cinemas e do teatro, eles fundaram as sedes de seus sindicatos.
Assim, a Sé, já na virada dos anos 30, tinha se tornado um mercado do emprego.
Ao lado dos finos salões, cafés, cinemas e do teatro, eles fundaram as sedes de seus sindicatos.
Assim, a Sé, já na virada dos anos 30, tinha se tornado um mercado do emprego.
A partir de 1935, a sala 231 foi convertida em ateliê, e o palacete abrigou um dos movimentos mais significativos da história das artes plásticas de São Paulo.
A iniciativa partiu do filho de espanhóis Francisco Rebolo
Gonsales, ex-jogador de futebol e pintor de paredes, que viria a se tornar um
dos mais reconhecidos artistas do Brasil (é dele o desenho do atual distintivo
do Corinthians).
Juntamente com Rebolo, alguns se dedicaram às artes, com
destaque para um grupo de pintores (vários deles originalmente ligados à
construção civil) que formou o GRUPO SANTA HELENA, entre eles, Aldo Bonadei , Alfredo
Volpi, Clóvis Graciano, Fulvio
Pennacchi, Humberto Rosa Manoel Martins e
Mário Zanini.
O grupo começou a se formar a partir de 1934, quando os
artistas foram chegando ao Palacete Santa Helena, n° 43 (posteriormente n°
247).
O Santa Helena ruiu pelo abandono e cedeu ante o
"progresso". Foi destruído para que se construísse a estação central
do Metrô.
O Palacete Santa Helena começa a ser demolido na
tarde do dia 23 de outubro de 1971 pela Companhia do Metropolitano, junto com
os demais edifícios da mesma quadra, com o propósito de ampliar a Praça da
Sé, anexando-lhe a Praça Clóvis Bevilacqua, e possibilitar a construção das
linhas Norte-Sul e Leste-Oeste do Metrô.
Consultas:
http://www.saopauloinfoco.com.br/a-cicatriz-mais-dolorida-de-sao-paulo-a-historia-do-palacete-santa-helena/
http://www1.folha.uol.com.br/folha/treinamento/aquijazsaopaulo/te0212200304.shtml
http://www.historiadealagoas.com.br/albuquerque-lins-o-alagoano-que-governou-sao-paulo.html
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